A hora de comprar barato é agora. Imóveis atingem preço mínimo!
Finalmente atingimos uma linha tênue no mercado imobiliário. Se existisse um gráfico que pudesse demonstrar tal fato, a trajetória da curva estaria no valor mínimo a ser praticado no setor. Sem dúvida, chegamos ao limite mais baixo dos preços.
Historicamente, todo mercado possui um extremo de realinhamento, e em virtude dos fatos ocorridos em nossa economia, bem como o comportamento de preços nos últimos meses, podemos afirmar que atingimos o final de nosso poço. Em certas regiões, e principalmente nas capitais, os preços apresentam quedas expressivas desde 2015. Tanto empreendimentos residenciais, quanto comerciais, enfrentaram uma crise sem precedentes. A carência de demanda criada em função da crise na economia brasileira resultou na paralisação do setor imobiliário. Há alguns meses, novos investimentos tornaram-se artigos de luxo, e os preços despencaram, mas para tudo existe um limite. Os preços atuais beiram o mínimo do mínimo.
A excentricidade da situação atual não permite que os valores de venda formatem um novo empreendimento, ou, em outras palavras, os preços praticados estão abaixo do custo. Exemplificando, com os valores atuais de venda novos condomínios ou edificações não conseguem sequer serem construídos. Apesar de muitos pensarem que ainda existe gordura para ser queimada, os números atuais não pagam mais todas as despesas, interrompendo o ciclo construtivo.
O lado “bom” da crise.
Se você passou os últimos procurando por um imóvel, mas o preço não permitia, não se preocupe: a hora chegou. Se prepare, estão sobrando boas oportunidades no mercado. Com o aprofundamento da crise, chegamos a uma fase que precisamos fazer caixa. O desemprego aumentou, as empresas fecharam, o crédito tornou-se mais restritivo, e, em consequência, as reservas estão secando. Atingimos uma fase onde instintos primitivos começam a aflorar, como a sobrevivência e a subsistência. Precisamos tocar nossas vidas e buscar saídas para a crise, mas para tal precisamos do mínimo de alívio monetário. Nessa nova fase de crise, o proprietário começa a ver o imobilizado como uma forma de capitalizar-se. Os imóveis assumem o seu papel de investimento e inspiram o socorro às famílias que os dispõem.
A venda tornou-se uma salvação. Porém, se milhares de imóveis adotam a alcunha de “salvadores”, o mercado começa a ter uma superoferta. Com o excesso de propriedades a venda, e uma natural demanda em baixa, os preços começa a despencar. Infelizmente, para aqueles que não suportam mais o pagamento de IPTU e condomínio, a “queima” do patrimônio torna-se a única saída antes do adeus.
Da mesma forma pensarão as empresas, uma vez que seus negócios só seguirão caso consigam fazer caixa. Sem dúvida, incorporadores também descerão os preços a patamares inéditos. Atualmente não existe outro meio de fazer caixa que não seja de desfazer-se do patrimônio.
E para reforçar essa recessão nos preços, os bancos imperam a lei da restrição do crédito. Financiar é uma tarefa árdua nos dias atuais. Aqueles que usaram o sistema notaram que para ser aprovado junto a um banco tornou-se uma missão penosa. Com menos crédito para emprestar, extraoficialmente os bancos realizam um filtro em suas análises aceitando somente os clientes que lhes convêm, ou postergando suas decisões de aceite ou recusa até que uma das partes (comprador ou vendedor) desista do negócio. Assinar um contrato de financiamento tornou-se um vitória digna de medalha de ouro.
A chance de comprar barato
É a primeira vez em décadas que atingimos tal patamar. Mesmo com as crises passadas, o mercado mantinha certo grau de regularidade, porém, com as condições atuais, vivenciamos um período único da história imobiliária. É difícil mensurar o tamanho da depreciação por se tratar de um País com dimensões continentais, contanto os residenciais já registram queda de 30% a 40%, e os comerciais, 40% a 60%. De fato, nem todos os anúncios de venda apontam para esse percentual, entretanto o excesso de ofertas e pouca demanda força a concessão de descontos na hora do fechamento. As reduções podem ser realizadas diretamente no preço ou até mesmo na quitação de IPTU ou condomínios futuros. É uma adaptação que o novo mercado imobiliário experimenta antes de seu reinício.
Aqueles menos experientes ou mais sensíveis às alterações de paradigmas germinarão sentimentos de autodefesa e, de forma bruta, buscarão alterar o seu cardápio de investimentos. Movidos pela impaciência, bons imóveis são oferecidos por preços convidativos. Sem dúvida, é o melhor momento para aquisição de novos negócios.
Aproveitem para comprar antes que percebam que a mudança de padrões de investimento não passa de um ciclo histórico natural, onde os mais experientes e cautelosos se beneficiam, enquanto o frenético põe a perder suas conquistas por preços extraordinários. Afinal, a única certeza que temos, e comprovadamente descrita em nossa história, é que o mercado imobiliário não para, ele apenas se adapta a cada dia.