Antes do Itaú, outros concorrentes privados já tinham anunciado corte em seus juros do crédito imobiliário após a Caixa Econômica Federal, líder do segmento, baixar suas taxas. O primeiro foi o Santander Brasil, que anunciou em abril redução na linha SFH de 9,49% ao ano para 8,99% e de 9,99% para 9,49% no SFI, mas com condições atreladas para o cliente ter acesso a esse patamar de juro, que vale até o começo de agosto. Já o Bradesco baixou sua taxa no imobiliário de 9,3% para 8,85% ao ano do SFH, e de 9,7% para 9,3% ao ano no SFI.
“Com o aumento da confiança dos consumidores, estamos percebendo uma retomada do mercado imobiliário, o que é uma ótima notícia para o para o setor e para o País. Essa nova redução de taxas certamente contribuirá para acelerar esse movimento”, afirma Cristiane Magalhães, diretora do Itaú Unibanco, em nota à imprensa.
De acordo com o banco, a demanda por crédito imobiliário tem crescido. No primeiro trimestre deste ano, o saldo total da carteira de crédito do Itaú Unibanco atingiu o patamar de R$ 40 bilhões para crédito imobiliário e o crescimento do volume de financiamentos concedidos foi de 26% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Com o movimento dos privados, a Caixa voltou a ter a maior taxa no crédito imobiliário. No mês passado, o banco público reduziu o juro mínimo cobrado em operações pelo SFH de 10,25% para 9,00% ao ano. No SFI, passou de 11,25% para 10,00% ao ano.
Já o Banco do Brasil anunciou, antes mesmo da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na semana passada, ajustes entre 0,15 e 0,8 ponto porcentual ao ano nas linhas do SFH, reduzindo a mínima para 8,99% ao ano.
Além de usar recursos de poupança, a modalidade SFH contempla imóveis de até R$ 950 mil localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal e de até R$ 800 mil para os demais Estados. Já o SFI abrange imóveis acima dos limites determinados no SFH.