Prédio do Morro da Viúva será condomínio de Alto Padrão no Flamengo
Depois de ser ‘quase hotel’ e abrigo de sem-teto, construtora paga R$ 26 milhões ao Flamengo para transformar prédio da antiga sede do clube em grande empreendimento.
Sede do Clube de Regatas do Flamengo, moradia de atletas, quase virou hotel nas mãos do empresário Eike Batista, sofreu uma invasão de um grupo de sem-teto e, depois de desocupado e devolvido à administração do time rubro-negro, permaneceu fechado por pelo menos três anos, completamente abandonado. Este ano, o destino do edifício Hilton Santos, na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, voltou a dar um guinada. O prédio do Morro da Viúva, com vista para o Aterro do Flamengo e Pão de Açúcar, será, enfim, revitalizado. Comprado por uma construtora, o edifício será modernizado.
Operários já trabalham no local para desmontar a parte interna do prédio, com vista deslumbrante, mas nenhuma vaga para estacionar os carro de moradores. Para resolver o problema, a construtora responsável pelo empreendimento promete erguer um edifício-garagem na parte de trás do terreno. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) teve que aprovar o acréscimo do edifício-garagem e toda a intervenção no prédio, que, embora não seja tombado, fica diante do Aterro do Flamengo, um bem preservado. O Flamengo recebeu R$ 26 milhões pelo prédio que abrigou sua antiga sede.A prometida revitalização do edifício dá um fim a uma série de confusões envolvendo o prédio, onde moravam atletas do Flamengo e também pessoas sem nenhuma ligação com o clube. Em 2012, o espaço foi arrendado por 25 anos, por R$ 19 milhões, pela Rex Hotel, braço imobiliário do grupo EBX, de Eike Batista. Com a bancarrota das empresas de Eike Batistas, as obras, previstas para terminarem em 2015, sequer saíram do papel. Em 2016, o Flamengo rescindiu o contrato de aluguel entre o clube e as empresa REX e EBX, que perderam os valores já pagos. Desde então, o clube buscava compradores para o prédio.
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