Milton Bigucci ressalta em coletiva de imprensa que “o mercado é do comprador”
Dr. Milton Bigucci, presidente da ACIGABC, apresentou os dados e ressaltou pontos importantes sobre o setor da construção civil na região.
Segundo o presidente, a pesquisa apresenta “números bastante interessantes”, pois, assim como em 2014, o primeiro trimestre foi um pouco mais parado, mas o segundo já começou a demonstrar melhora nas vendas. O segundo trimestre teve um aumento de 86,7% em unidades lançadas, além disto, São Bernardo do Campo se destacou apresentando 1.324 unidades lançadas – 55% do total de lançamentos do ABC no período.
Um dos números mais importante e que foi bastante destacado por Milton Bigucci é o de estoques. O primeiro semestre apresenta redução de 20,2% de unidades não negociadas. O número foi de 2.760, em dezembro de 2014, para 2.204, em 31 de junho de 2015. Bigucci ressaltou ainda que, consideramos estoques os imóveis lançados há no máximo 36 meses, independente deles já estarem com as obras finalizadas.
Ainda sobre o primeiro trimestre de 2015, Milton Bigucci explicou que as construtoras esperaram por sinais de melhora no mercado para colocar mais produtos no mercado. “As construtoras realmente seguraram para fazer os lançamentos em um momento mais propício”, frisou.
“Acredito que teremos um ano, em 2016, muito parecido com o que temos em 2015”, comentou. Bigucci explicou ainda “o mercado imobiliário não está alheio a crise de 2014”, mas que ainda não foi tão afetado, pois os lançamentos de 2013 e 2014 estão sendo concluídos ainda hoje. Mas, “a partir de 2016, se isso não melhorar, teremos problemas com a mão de obra”. O presidente da Associação explicou aos jornalistas que enquanto os lançamentos de anos anteriores estiverem em obras, não teremos baixa de empregos, mas se os antigos lançamentos terminarem sem que tenhamos novos lançamentos, faltará emprego aos trabalhadores.
Bigucci conclui a coletiva afirmando que esta é a hora do comprador, em breve teremos a hora do vendedor, mas agora o momento é propício para quem quer comprar a casa própria. Quanto às dificuldades com financiamento e mesmo com a alta da taxa de juros, o presidente ressalta que todos estes percalços são comuns no mercado, mas que o comprador analisa “se a prestação cabe no bolso, se couber o cidadão compra”.